PREVENÇÃO E MANEJO DA LESÃO POR PRESSÃO: Recomendações complementares para o cuidado com pacientes com maior vulnerabilidade para lesão por pressão

Recomendações complementares para o cuidado com pacientes com maior vulnerabilidade para lesão por pressão

Pacientes pediátricos

As recomendações apresentadas nesta página são complementares às recomendações gerais para prevenção e manejo da lesão por pressão.


As recomendações apresentadas nos outros módulos também são adequadas para a prevenção e o tratamento das lesões por pressão na população pediátrica.

A família ou o responsável legal da criança devem participar da definição dos objetivos do plano de cuidados do paciente pediátrico.

A avaliação do risco para LP deve ser adequada à idade da criança e considerar os fatores de risco específicos para populações pediátricas e neonatais, tais como: níveis de atividade e mobilidade; índice de massa corporal e/ou peso ao nascimento; maturidade da pele; temperatura e umidade do ambiente; indicadores do estado nutricional; perfusão e oxigenação; presença de dispositivo médico externo e duração da hospitalização.


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Essa escala avalia os riscos por meio de dois parâmetros: o primeiro considera a intensidade e a duração da pressão por meio da avaliação da mobilidade, atividade e percepção sensorial; e o segundo avalia a tolerância dos tecidos pela avaliação da umidade, cisalhamento, nutrição, perfusão e oxigenação dos tecidos. Cada um dos sete itens que a compõem é pontuado de 1 a 4 e o escore total varia de 7 (maior risco) a 28 (ausência de risco). A escala de Braden Q foi elaborada para a faixa etária compreendida entre um mês de vida e escolares, assim o seu uso não é adequado para neonatos e pré adolescentes ou adolescentes (MAIA et al., 2011).

A documentação da avaliação da pele relacionada com o excesso de pressão, fricção, cisalhamento e umidade deve ser feita pelo menos uma vez por dia.

Devido à circunferência cefálica maior, os pacientes pediátricos e neonatais têm maior risco de desenvolver LP na região occipital, portanto a avaliação da pele nessas regiões deve ser feita minuciosamente.

A cabeça dos recém-nascidos e lactentes devem ser reposicionadas frequentemente quando estiverem sedados ou incapazes de se movimentarem sozinhos.

A inspeção da pele sob e ao redor dos dispositivos médicos deve ser feita pelo menos duas vezes por dia, para identificar sinais de LP no tecido circundante.

A avaliação nutricional adequada à idade deve ser realizada por um pediatra, um nutricionista ou por outro profissional de saúde qualificado para identificar os requisitos nutricionais dos recém-nascidos e das crianças com ou em risco de desenvolver lesões por pressão.

A eficácia e segurança de superfícies de suporte desenvolvidas para adultos e utilizadas na população pediátrica ainda não foi muito investigada. Ao selecionar uma superfície de suporte é importante saber quais regiões corporais estão em maior risco e dar ênfase especial para a região occipital.

Chegamos ao fim dos Pacientes pediátricos!

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O projeto RECURSO EDUCACIONAL SOBRE PREVENÇÃO E MANEJO DA LESÃO POR PRESSÃO, desenvolvido em 2018, compõe parte da tese de doutorado do Enfermeiro Rodrigo Magri Bernardes.
Revisão e publicação: fevereiro/2020.