PREVENÇÃO E MANEJO DA LESÃO POR PRESSÃO: Recomendações complementares para o cuidado com pacientes com maior vulnerabilidade para lesão por pressão

Recomendações complementares para o cuidado com pacientes com maior vulnerabilidade para lesão por pressão

Pacientes em estado grave

As recomendações apresentadas nesta página são complementares às recomendações gerais para prevenção e manejo da lesão por pressão.


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As taxas de LP em pacientes críticos ou em estado grave são as mais altas dentre os pacientes hospitalizados, devido ao alto nível de comorbidades, instabilidade hemodinâmica, diminuição da oxigenação e da perfusão tissular, uso de medicamentos vasoativos, coagulopatias além de outros fatores de risco múltiplos e concomitantes.

As recomendações a seguir, destinam-se a complementar e não a substituir as recomendações gerais já apresentadas.

Um plano de cuidados que inclua o reposicionamento deve ser iniciado logo que possível, desde o começo da hospitalização e ser reavaliado com frequência considerando a tolerância do paciente. Alguns pacientes são demasiadamente instáveis para serem reposicionados. Nesse caso deve-se movimentar o indivíduo de forma lenta e gradual, dando tempo suficiente para estabilização da condição hemodinâmica e da oxigenação. Nos pacientes que não suportam grandes mudanças da posição corporal, é necessário fazer pequenas mudanças com maior frequência para permitir alguma reperfusão. Assim que a condição do paciente estabilizar-se, o reposicionamento corporal deve ser retomado (BRINDLE et al., 2013).

Pacientes que estão demasiadamente instáveis para serem frequentemente reposicionados podem, eventualmente, tolerar a rotação lateral com ângulo de 40º em camas especializadas para essa função. No entanto, essa terapêutica de rotação lateral não é indicada para pacientes com fraturas instáveis na coluna vertebral.

A rotação lateral oferece risco de cisalhamento e não substitui a necessidade de mudança de decúbito. Os pacientes em camas com rotação lateral devem ser reposicionados com frequência e a pele deve ser avaliada para verificar a existência de lesões por cisalhamento. Ao primeiro sinal de lesão tecidual, a necessidade de rotação lateral deve ser reavaliada e, se necessário, a superfície de suporte deve ser mudada para outra que forneça a redistribuição da pressão, reduza o cisalhamento e controle o microclima.

Chegamos ao fim dos Pacientes em estado grave!

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O projeto RECURSO EDUCACIONAL SOBRE PREVENÇÃO E MANEJO DA LESÃO POR PRESSÃO, desenvolvido em 2018, compõe parte da tese de doutorado do Enfermeiro Rodrigo Magri Bernardes.
Revisão e publicação: fevereiro/2020.