INFORME-SE SOBRE ÚLCERA VENOSA

RECURSO EDUCACIONAL ÚLCERA VENOSA

Causas da Úlcera Venosa

Conheça os fatores de risco, a epidemiologia e as teorias sobre o desenvolvimento da úlcera venosa.


Fatores de Risco para a Insuficiência Venosa Crônica

São descritos como fatores de risco para a insuficiência venosa crônica:

  1. História de trombose venosa profunda.
  2. História de cirurgia de varizes.
  3. Ficar longos períodos na posição sentada ou em pé. Importante explorar com o paciente em relação à ocupação ou tipo de trabalho.
  4. Obesidade.
  5. Predominância nas pessoas do sexo feminino.
  6. Gestações múltiplas.
  7. História de trauma sério nas pernas.
  8. Debilidade congênita nas válvulas das veias na parte inferior da perna.
  9. História de presença de veias varicosas.
  10. Massa tumoral que obstrui o fluxo sanguíneo.
  11. Radioterapia.
  12. História de condições relacionadas à trombose, como a Mutação Leiden do Fator V; aumenta a trombose venosa de 5 a 10 vezes com uma prevalência de insuficiência venosa crônica de (IVC) de 23%.

Epidemiologia

A maioria dos estudos epidemiológicos concentra-se na doença venosa avançada com a presença de úlceras.

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Teorias sobre o Desenvolvimento da Úlcera Venosa

A teoria clássica é a mais aceita e justifica que a hipertensão venosa persistente leva a danos nas paredes dos vasos e alterações na microcirculação. Quando a pressão venosa excede o nível crítico, a pressão capilar excede a capacidade de resistência das paredes e ocorre o estiramento capilar. Essa alteração leva a passagem de macromoléculas do interior do vaso para a pele causando várias alterações.

Teoria do “cuff” de fibrina

  1. Com o aumento dos capilares, o diâmetro dos poros de filtragem também aumenta, permitindo o refluxo passivo de proteínas maiores como o fibrinogênio e eritrócitos (células vermelhas).
  2. Ao acumular-se no espaço intersticial, o fibrinogênio se polimeriza em grandes complexos de fibrina que não são quebrados facilmente,
  3. Garrotes de fibrina rodeiam, encobrem e selam a base capilar.
  4. O oxigênio e outros nutrientes ficam presos no vaso e não conseguem atingir o espaço intersticial. Com isso, o metabolismo celular cessa, o tecido se rompe e a necrose ocorre.
  5. Os eritrócitos liberam hemoglobina, que é convertida em hemosiderina, produzindo, dessa forma, uma descoloração na pele de cor marrom.

Teoria do “trapping” dos leucócitos (células brancas) do sangue

  1. Os leucócitos ficam presos em áreas de fluxo venoso reduzido.
  2. Ocorrem a oclusão capilar e a liberação de enzimas proteolíticas e metabólitos de oxigênio.
  3. A função capilar fica prejudicada.
  4. Ocorre o vazamento de fibrinogênio.

O projeto RECURSO EDUCACIONAL SOBRE ÚLCERA VENOSA foi desenvolvido de forma colaborativa entre a Escola de Enfermagem da Wayne State University, Detroit, Michigan, USA e a Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, Brasil.
Revisão e publicação: fevereiro/2020.