Fatores de Risco para a Insuficiência Venosa Crônica
São descritos como fatores de risco para a insuficiência venosa crônica:
- História de trombose venosa profunda.
- História de cirurgia de varizes.
- Ficar longos períodos na posição sentada ou em pé. Importante explorar com o paciente em relação à ocupação ou tipo de trabalho.
- Obesidade.
- Predominância nas pessoas do sexo feminino.
- Gestações múltiplas.
- História de trauma sério nas pernas.
- Debilidade congênita nas válvulas das veias na parte inferior da perna.
- História de presença de veias varicosas.
- Massa tumoral que obstrui o fluxo sanguíneo.
- Radioterapia.
- História de condições relacionadas à trombose, como a Mutação Leiden do Fator V; aumenta a trombose venosa de 5 a 10 vezes com uma prevalência de insuficiência venosa crônica de (IVC) de 23%.
Epidemiologia
A maioria dos estudos epidemiológicos concentra-se na doença venosa avançada com a presença de úlceras.
Teorias sobre o Desenvolvimento da Úlcera Venosa
A teoria clássica é a mais aceita e justifica que a hipertensão venosa persistente leva a danos nas paredes dos vasos e alterações na microcirculação. Quando a pressão venosa excede o nível crítico, a pressão capilar excede a capacidade de resistência das paredes e ocorre o estiramento capilar. Essa alteração leva a passagem de macromoléculas do interior do vaso para a pele causando várias alterações.
Teoria do “cuff” de fibrina
- Com o aumento dos capilares, o diâmetro dos poros de filtragem também aumenta, permitindo o refluxo passivo de proteínas maiores como o fibrinogênio e eritrócitos (células vermelhas).
- Ao acumular-se no espaço intersticial, o fibrinogênio se polimeriza em grandes complexos de fibrina que não são quebrados facilmente,
- Garrotes de fibrina rodeiam, encobrem e selam a base capilar.
- O oxigênio e outros nutrientes ficam presos no vaso e não conseguem atingir o espaço intersticial. Com isso, o metabolismo celular cessa, o tecido se rompe e a necrose ocorre.
- Os eritrócitos liberam hemoglobina, que é convertida em hemosiderina, produzindo, dessa forma, uma descoloração na pele de cor marrom.
Teoria do “trapping” dos leucócitos (células brancas) do sangue
- Os leucócitos ficam presos em áreas de fluxo venoso reduzido.
- Ocorrem a oclusão capilar e a liberação de enzimas proteolíticas e metabólitos de oxigênio.
- A função capilar fica prejudicada.
- Ocorre o vazamento de fibrinogênio.