INFORME-SE SOBRE ÚLCERA EM PÉ DIABÉTICO
As alterações neuropáticas nos pés podem ser de ordem autonômica, sensorial e motora.
Traumas Mecânicos.
Figura 1: Apresentação de pés com lesão por pressão na região do calcanhares.
Fonte:Acervo pessoal.
3. Caminhar com uma pedra ou outro objeto nos sapatos. Os pacientes devem ser orientados para verificarem a presença de objetos estranhos antes de calçarem os sapatos.
4. Sapatos novos podem machucar os pés, causando bolhas e úlceras.
Figura 2: Apresentação de pé com presença de lesão no dedo.
Fonte: Acervo pessoal.
5. Auto-remoção de calos.
Figura 3:Apresentação de pé com lesão pós remoção de calo.
Fonte: Acervo pessoal.
Traumas Químicos
Danos causados por instrumentos de remoção de calos/calosidades.
Traumas Térmicos
Com a utilização de bolsas quentes para aquecer os pés; caminhar na areia ou cimento quentes com os pés descalços.
As alterações motoras (alterações no passo ou novos pontos de pressão nos pés) podem causar complicações como a atrofia muscular. As deformidades dos pés, levam à mudança do passo e causam estresse a outras partes do pé, principalmente das extremidades metatársicas. O calo é um dos primeiros sinais de estresse pelo aumento da pressão local.
Figura 4: Apresentação de pé com lesões plantares características de úlceras neuropáticas.
Fonte: Acervo pessoal.
Outra deformidade é o valguismo de hálux com a sobreposição dos dedos.
Figura 5: Apresentação de pé com características de deformidades.
Fonte: Acervo pessoal.
A atrofia muscular também pode produzir os dedos em garra ou martelo e levar as pontas dos dedos à ter atrito com os sapatos causando lesão.
Figura 6: Apresentação de pé com deformidades características de atrofia muscular.
Fonte: Acervo pessoal.
Pé de Charcot ou artropatia neuropática – artropatia degenerativa relativamente sem dor, progressiva de uma ou múltiplas articulações. Manifesta-se geralmente 10 anos após o diagnóstico do diabetes. Geralmente ocorre em um dos pés, com evolução do quadro.
Estágio 1 ou agudo: história de trauma leve no pé ou no tornozelo. O pé torna-se quente, avermelhado e edemaciado com pulso forte. A pessoa não apresenta febre e as taxas de leucócitos e de sedimentação de eritrócitos são normais. Deve ser diferenciado da infecção aguda. A pessoa pode referir ou não a presença de dor. A pessoa deve aliviar a sobrecarga de peso, evitando caminhar até que a temperatura da pele retorne ao normal, o que pode demorar até oito semanas.
Estágio 2: a desintegração, fragmentação e fraturas ósseas podem ocorrer se a pessoa continuar a caminhar durante o estágio agudo. A desintegração com reabsorção óssea,geralmente ocorre nas extremidades distais dos ossos metatársicos. Tem a aparência de “doce lambido” (sinal do doce de menta). Na fragmentação pode observar-se a presença de fraturas nos ossos.As fraturas – podem ocorrer no período de 2 a 3 semanas.
Estágio 3: Pé de Charcot deformado devido a fraturas e ao colapso das articulações. A pessoa necessita de um sapato protetor. Às vezes requer cirurgia.
Estágio 4: Ulceração resultante da deformação da curvatura dos pés causada pela pressão máxima no local.
O projeto RECURSO EDUCACIONAL SOBRE ÚLCERA EM PÉ DIABÉTICO foi desenvolvido de forma colaborativa entre a Escola de Enfermagem da Wayne State University, Detroit, Michigan, USA e a Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, Brasil.
Revisão e publicação: fevereiro/2020.