PREVENÇÃO E MANEJO DA LESÃO POR PRESSÃO: Prevenção de lesão por pressão

PREVENÇÃO DE LESÃO POR PRESSÃO

Cuidados com a pele

Cuidar adequadamente da pele diminui o risco do desenvolvimento da lesão por pressão.


Manter a pele limpa e seca, limpar a pele removendo sujeira, umidade, sebo e oleosidade e utilizar produtos para higiene da pele com pH equilibrado são cuidados essenciais.

O pH da pele varia de 4,0 a 7,0, sendo considerado ligeiramente ácido a neutro. A higiene frequente com produtos alcalinos aumenta o pH. Assim, produtos com o pH balanceado reduzem o risco de ressecamento e irritação (fatores de risco para destruição da integridade da pele) que podem surgir devido à interação entre produtos com pH elevado e proteínas e lipídios da superfície da própria pele (COOPER; GRAY, 2013; DOMANSKY; BORGES, 2012).

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No passado, a massagem era tradicionalmente usada como uma das formas de prevenir a LP. Essa prática, na atualidade, é contraindicada, pois evidências não confirmam a sua eficácia, sugerindo que em áreas com hiperemia a massagem pode causar danos teciduais pela ruptura dos capilares já dilatados e pela lesão por reperfusão (CALIRI, 2014). Em paciente com pele saudável, as massagens suaves podem ter resultados benéficos aumentando o fluxo sanguíneo local, aumentando a flexibilidade do tecido e a atividade parassimpática, relaxando o tônus muscular e reduzindo o edema. No entanto, quando a pele é frágil, mesmo massagens suaves são contraindicadas, assim como na presença de inflamações agudas ou em locais onde há o risco de dano aos vasos sanguíneos. Além de ser doloroso, esfregar a pele pode provocar uma ligeira destruição dos tecidos ou uma reação inflamatória, especialmente na pele dos idosos.

Para o manejo da incontinência urinária e/ou fecal, é necessário o desenvolvimento e implementação de um plano de cuidados individualizado para que a pele seja higienizada imediatamente após os episódios de incontinência.

A incontinência expõe a pele ao excesso de umidade e irritantes químicos provenientes da urina e nas fezes e o uso de forros, fraldas e absorventes higiênicos causam alteração no microclima. A umidade excessiva macera e enfraquece as camadas externas da pele, bem como elevam o seu pH, favorecendo irritações e diminuindo a sua resistência. Como resultado, pode ocorrer a inflamação, o eritema, erosão e denudação, além da diminuição da tolerância a outras formas de danos como aqueles associados à exposição prolongada ao excesso de pressão ou cisalhamento.

A pele danificada pela Dermatite Associada à Incontinência (DAI), que é uma inflamação ou comprometimento da pele que ocorre em consequência do contato de urina ou fezes com a região perineal ou perigenital, tem maior chance de apresentar LP (DOMANSKY; BORGES, 2012).

Para proteger a pele da exposição à umidade excessiva e reduzir o risco de lesões, devem ser utilizados produtos que formam uma barreira. Os danos na pele resultantes do excesso de umidade não são LP, mas a presença desses danos pode aumentar o risco para o seu desenvolvimento.

Emolientes (como óleo de semente de girassol e petrolato) podem ser utilizados para hidratar a pele seca, a fim de reduzir o risco de danos (BAESSA; MEIRELES; BALAN, 2014; BLISS et al., 2006; BORGES; CARVALHO, 2014; JUNKIN; SELEKOF, 2007).

Chegamos ao fim dos Cuidados com a pele!

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O projeto RECURSO EDUCACIONAL SOBRE PREVENÇÃO E MANEJO DA LESÃO POR PRESSÃO, desenvolvido em 2018, compõe parte da tese de doutorado do Enfermeiro Rodrigo Magri Bernardes.
Revisão e publicação: fevereiro/2020.