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Campanha
Medida Correta da Pressão Arterial
Promoção:
ESCOLA DE ENFERMAGEM
DE RIBEIRÃO PRETO - USP O.P.E. / D.E.G.E. |
FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO - USP |
HOSPITAL DAS CLÍNICAS DE RIBEIRÃO PRETO - USP |
LIGA DE DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL DA REGIÃO DE RIBEIRÃO PRETO |
SUDS - R-50 |
O QUE É A PRESSÃO ARTERIAL? |
O instrumento utilizado para medir a pressão arterial é o esfigmomanômetro, e os tipos mais usados são os de coluna de mercúrio e o ponteiro (aneróide), possuindo ambos um manguito inflável que é colocada em torno do braço do paciente. O estetoscópio é o instrumento que amplifica os sons e os transmite até os ou vidos do operador. A série de sons que o operador ouve, ao verificar a pressão sangüínea, são chamados de sons de Korotkoff. O primeiro som claro, quando o sangue flui, através da
artéria comprimida, é a pressão sistólica. A pressão diastólica ocorre no ponto em
que o som muda ou desaparece. |
VARIAÇÃO NORMAL DA PRESSÃO ARTERIAL |
A medida da pressão arterial é simples e o método é fácil, mas certos cuidados e recomendações devem ser levados em consideração para que se evitem erros; observar no anexo 1. A medida incorreta da pressão arterial pode trazer conseqüências graves, tanto por levar pessoas normotensas a serem tratadas sem necessidade ou, ao contrário, deixar de tratar pessoas hipertensas. As fontes de erros mais comuns são apresentadas no anexo 11. Um cuidado especial deve ser tomado quanto à escolha adequada do manguito quando as pessoas são muito gordas ou muito magras. O problema da pressão alta (hipertensão arterial) é de extrema gravidade no mundo. No Brasil, sabe-se que essa doença é responsável direta ou indiretamente por 19% de todas as mortes ocorridas no país e 3% de todas as internações, além de se constituir na terceira causa de afastamento do trabalho (Iogo depois das doenças mentais e tuberculose). Seu diagnóstico é muito fácil mas exige
algumas considerações como veremos adiante. |
É fundamental o uso de Normas PADRONIZADAS
para se |
PROCEDIMENTOS PARA A MEDIDA DA
PRESSÃO ARTERIAL
1. Colocar o indivíduo em local calmo com o braço apoiado a
nível do coração e deixando-o à vontade, permitindo 5 min tos de repouso. Usar sempre
o mesmo braço para a medida; 2. Localizar o manômetro de modo a visualizar claramente os valores da medida; |
3. Selecionar o tamanho da braçadeira para adultos ou crianças. A largura do manguito deve corresponder a 40% da circunferência braquial e seu comprimento a 80%; |
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4. Localizar a artéria braquial ao longo da face interna superior do braço palpando-a; |
5. Envolver a braçadeira, suave e confortavelmente, em torno do braço, centralizando o manguito sobre a artéria braquial. Manter a margem inferior da braçadeira 2,5cm acima da dobra do cotovelo. Encontrar o centro do manguito dobrando-o ao meio; |
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6. Determinar o nível máximo de insuflação palpando o pulso
radial até seu desaparecimento, registrando o valor (pressão sistólica palpada) e
aumentando mais 30 mmHg; 7. Desinsuflar rapidamente o manguito e esperar de 15 a 30 segundos antes de insuflá-lo de novo; |
8. Posicionar o estetoscópio sobre a artéria braquial palpada abaixo do manguito na fossa antecubital. Deve ser aplicado com leve pressão assegurando o contato com a pele em todos os pontos. As olivas devem estar voltadas para frente; |
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11. Identificar a Pressão Sistólica (máxima) em mmHg, observando no manômetro o ponto correspondente ao primeiro batimento regular audível (sons de Korotkoff); |
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12. Identificar a Pressão Diastólica (,mínima) em mmHg, observando no
manômetro o ponto correspondente ao último batimento regular audível. Desinsuflar totalmente o aparelho com atenção voltada ao completo desaparecimento dos batimentos; 13. Esperar de 1 a 2 minutos para permitir a liberação do sangue. Repetir a medida no mesmo braço anotando os valores observados; |
14. Registrar a posição do paciente, o tamanho do manguito, o
braço usado para a medida e os menores valores de pressão arterial Sistólica e
Diastólica encontrados em mmHg. Retirar o aparelho do braço e guarda-lo cuidadosamente
afim de evitar danos. |
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ANEXO I |
CUIDADOS E RECOMENDAÇÕES
1. APARELHO DE PRESSÃO |
OBSERVAR | CORRETO | DESVIOS | |
MANÔMETRO | de mercúrio ou ponteiro (aneróide) | estar no zero e ter movimentos livres | mais ou menos lento oscilação |
MANGUITO | borracha, tubos e conexões braçadeira fixadores |
íntegros íntegra íntegros |
com vazamento, colabados, frouxos estragada soltos, ausentes ou desgastados |
PERA E VÁLVULA | pera de borracha válvula de metal |
íntegra íntegra abre e fecha livremente |
com vazamento. colabada ou frouxa com vazamento, dura, solta |
2. ESTETOSCÓPIO |
OBSERVAR | CORRETO | DESVIOS | |
OLIVAS | presentes e íntegras | ausentes, trincadas, soltas ou sujas | |
TUBOS E CONEXÕES | íntegros | trincados, furados ou desiguais | |
CABEÇOTE | conexão e diafragma | íntegras | solta ou furada |
3. PACIENTE |
OBSERVAR | CORRETO | DESVIOS | |
POSIÇÃO | deitado, sentado ou em pé | conforto e respouso | desconforto e stress |
MEMBRO | superior ou inferior diâmetro posição do membro |
despido e apoioado manguito apropriado nível do coração e afastado 45º do corpo |
com roupas, sem apoio manguito inadequado abaixo ou acima do coração |
COLOCAÇÃO DA BRAÇADEIRA | distância da prega do cotovelo parte inflável (manguito) ajuste da braçadeira tubos |
2,5 cm acima cobrir a face interna do braço estar bem ajustada deixar livres |
maior ou menor cobrir a apenas a face externa frouxa ou apertada presos, entrelaçados ou retorcidos |
MANÔMETRO | visibilidade posição |
bem vísivel coluna de mercúrio ao nível dos olhos |
má iluminação posição inadequada |
ANEXO II |
CAUSAS DE ENGANO DA MEDIDA DA PRESSÃO
ARTERIAL
ENGANOS DEVIDOS AO EQUIPAMENTO
1. Sistemas inadequadamente
calibrados ou testados; 2. Defeitos do esfigmomanômetro aneróide ou de coluna de mercúrio: oríficio de ar obstruído, calibração alterada, manguito incompletamente vazio, tubulação defeituosa, sistema de flação ou válvula de escape, mercúrio, insuficiente no reservatório ou indicador zero errado; 3. Tamanho da braçadeira em desacordo com o do braço; 4. Circunferência do membro em relação à variação da largura da braçadeira maior ou menor que 2,5 produz leituras de pressão indireta falsamente altas ou baixas respectivamente. |
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ENGANOS DEVIDOS À TÉCNICA DE EXAMINAR
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1. Braços sem apoio dão
pressões falsamente altas; 2. Examinador posiciona o instrumento ao nível acima ou abaixo do coração ou comprime o estetoscópio demasiado frme sobre o vaso; 3. Examinador apresenta preferência por números pares; 4. Mãos do examinador e equipamento frios provocam aumento da pressão sanguínea; 5. Sistema acústico danificado; 6. Interação entre examinado e examinador pode afetar a leitura da pressão arterial. |
Elaboração:
Edmundo Octávio Raspanti (HCRP-SUDS)
Eugênia Velludo Veiga (EERP-USP)
Ivone Kamada (EERP-USP)
Jarbas Leite Nogueira (FMRP-USP)
Marcia Caron Ruffino (EERP-USP)
Maria Manuela Rino Mendes (EERP-USP)
Maria Suely Nogueira (EERP-USP)
Maura Santesso Takakura (EERP-USP)
Miyeko Hayashida (EERP-USP)
Mozart Regis Furtado ((FMRP-USP)
Neide de Souza Sorci (CIHCFMRP-USP)
Sueli Paccagnella Corrêa de Araújo ((HCFMRP-USP)
Yussif Ali Mere Junior (HCRP-USP)
EERP/USP Setor de Informática - Maio/99 |
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