Participou da equipe campeã a “Combinad@s”, Elias Teixeira de Oliveira, graduando da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP. A equipe de Oliveira desenvolveu uma página no Facebook ligada a um ChatBot (programa que simula um humano em conversa com outras pessoas), com personagem virtual, a “Fer” que foi diagnosticada com HIV/aids e através de postagens ela convida os usuários para conversar.
Segundo Oliveira, o ChatBot traz duas possibilidades, as pessoas podem conversar com a “Fer” a respeito de dúvidas sobre as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) e outras questões relacionadas. Os usuários também podem compartilhar suas experiências, medos e anseios. “Por ainda ser um protótipo, a ferramenta foi testada apenas entre os integrantes da equipe e não possui respostas para todas as questões que o público possa levantar, mas continua sendo aprimorada pela equipe e partir da demanda dos usuários”.
Oliveira adianta que o protótipo desenvolvido na maratona será analisado pelo Ministério da Saúde para que possa ser utilizado de forma mais viável nas estratégias de Prevenção Combinada do HIV. O estudante também revela que o personagem criado para o ChatBot, a princípio, não teria nenhum gênero, mas surgiu dificuldades em criar uma linguagem neutra, então seus criadores optaram pelo feminino.
Estratégias
A Prevenção Combinada é uma estratégia que faz uso simultâneo de diferentes abordagens de prevenção (biomédica, comportamental e estrutural) aplicadas em múltiplos níveis (individual, nas parcerias/relacionamentos, comunitário, social) para responder a necessidades específicas de determinados segmentos populacionais e de determinadas formas de transmissão do HIV.
A maratona, que durou 36 horas, promoveu a discussão de novas tecnologias e abordagens na área da prevenção combinada do HIV, com o objetivo de criar novas estratégias para alcançar o público jovem. Segundo Oliveira, “a taxa de infecção cresce muito entre jovens então é importante entender o porquê desse fenômeno”.
Esse ano o Hackhealth teve a participação de 39 jovens entre 18 e 28 anos. Dentre eles haviam programadores, desenvolvedores, designers e também aqueles que conhecem a estratégia utilizada pelo Ministério da Saúde para o enfrentamento do HIV/aids, como Oliveira que pesquisa HIV e também é o presidente-fundador da Liga de Estudos de Gênero e Sexualidade (LEGS) da EERP.
Além de Oliveira a equipe campeã era formada por Daniel Pereira Bartolomeu (UNIP Sorocaba), Bruno Nascimento (UFMG), Fernanda Valle (Rio Grande do Sul), André Silva (Maranhão), Alex Nascimento (UFGM), Ronisson Cabral (PUC Goiás) e Rodolfo Isolani (PUC Sorocaba).
Por: Joice Soares